De repente, ele se vira
para ela e diz:
– Você é a flor mais linda
que já vi!
– Obrigada – ela
responde, com um sorriso encabulado.
Daí a cinco minutos,
ele se vira novamente:
– Casaria comigo?
Dessa vez a moça não
diz nada, muito menos sorri; num gesto brusco, se levanta da cadeira e vai se
sentar duas ou três poltronas atrás.
Outros cinco minutos, e
o rapaz não resiste a se voltar para olhá-la.
A moça, alheia a ele (e
talvez ao resto do mundo!), olha fixamente pela janela...
Então começa o
alvoroço.
Um magricela lá nos
fundos anuncia o assalto, e promete atirar em quem não colaborar.
Os passageiros, feito cordeirinhos,
vão entregando seus pertences.
A moça começa a chorar...
O ladrão põe a arma na
cabeça dela.
– Passa a bolsa, vai!
O ladrão rouba mais
algumas pessoas à frente, salta do ônibus e
se escafede na avenida movimentada...
A moça, com os olhos
ainda marejando, vai se sentar de novo ao lado do rapaz que a achara bonita.
– Eu fiquei preocupado
com você – ele diz.
E fica totalmente perplexo
quando ela, limpando as lágrimas, se aninha como um beija-flor em seus braços...
2 comentários:
Gostei do conto, muito interessante. As vezes coisas ruins e nossas atitudes podem modificar nossas vidas como a de outrem. Bjooo
Muito bom mesmo, sempre estarei aqui!
Abraços
Valeu, Ju. Brigadão!
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